HERANÇA
HERANÇA
Geraldo Reis
Depois do abismo da noite
ninguém perturbe o silêncio
dos óculos deixados, como que
esquecidos de mim, sobre a mesa.
Nunca mais verei
com aqueles óculos,
minha dama,
de segredo feita e paisagem.
Nenhum calor
nas lentes
que a recorde.
No quarto onde mal dormia
eu vos deixo de herança
meus olhos cambaios.
Mhito bom.
ResponderExcluirValeu, Raul.
ResponderExcluirVocê é sempre bem vindo.
Um abraço poético e barroco.