28/11/2018

Divulgando lançamento: ESTADO DE SÍTIO, de Aldísio Filgueiras


Editora Valer





LANÇAMENTO DO LIVRO:
ESTADO DE SÍTIO, DE ALDISIO FILGUEIRAS

Editora Valer lançará no dia 29 de novembro, quinta-feira, às 18h30min, o livro ESTADO DE SÍTIO, do poeta ALDISIO FILGUEIRAS.

O evento será realizado na ACADEMIA AMAZONENSE DE LETRAS  ̶   Rua Ramos Ferreira, 1009 - Centro − CEP. 69010-120 − Manaus/AM.


O ano de 1968 foi marcante na vida de Aldisio Filgueiras. Depois de ter sido premiado, no concurso promovido pela União Brasileira de Escritores, seção do Amazonas, o poeta viveu a frustração de ver seu livro de estreia, Estado de Sítio, ser impresso e, ao mesmo tempo, impedido, em função do clima político do país, de ser publicado. Aldisio Filgueiras é um dos fundadores do Teatro Experimental do SESC – Tesc, escreveu em 1973, em parceria com Márcio Souza, a peça Dessana, Dessana.
Atento ao processo histórico e aos desdobramentos políticos que resultaram na redemocratização do país, o autor reuniu um conjunto de poemas, escritos entre os anos de 1978 a 1986, período final do regime militar, que evocam esse contexto, publicado em 1989, o livro foi intitulado A república muda. Pelas suas características formais e conteúdo crítico, a obra é uma continuação de Malária. A publicação, em 1994, de Manaus, as muitas cidades é um marco na trajetória poética de Aldisio Filgueiras: ao mesmo tempo em que atesta sua maturidade como criador, lega à literatura que se produz no Amazonas um dos livros mais expressivos e elucidativos do nosso processo cultural. Nova subúrbios (2004) e Cidades de puro nada (2018) completam essa tapeçaria poética – que também pode ser descrita como um testemunho do sujeito poético sobre o seu tempo e seu espaço vivencial. Seu lugar.

Estado de Sítio é um livro premonitório na trajetória literária de Aldísio Filgueiras: enuncia um posicionamento diante do mundo, marcado por sua condição de gauche, um anjo manco – à margem e desassossegado com os descaminhos do mundo –, ao mesmo tempo em que labora sua lírica e, assim, estabelece os pressupostos de sua estética. O fundamento filosófico e estético da poesia de Aldisio já está prefigurado na encantaria poética que enforma seu livro de estreia.

Esta edição é uma celebração e uma homenagem aos 50 anos de publicação de Estado de Sítio [1968-2018] e é também um reconhecimento pela dedicação de seu autor ao ofício do verso. O renascimento deste livro é uma prova insofismável do poder da palavra e da força e magia da poesia – nenhum poder é capaz de subtrair o canto dos poetas.

Márcio Souza sobre Estado de Sítio

Há dois aspectos de linguagem que sobressaem e caracterizam a poesia de Filgueiras: as palavras já não são mutiladas pelo conhecido onanismo amazonense e aparecem como um jogo sonoro de articulações críticas. Assim, é uma poesia que se abre para fora do confessional, rompendo com a analogia de vitrine e estabelecendo uma subjetividade livre de especulações psicológicas. Não é mais o espírito doente do poeta provinciano que vislumbra na natureza os sinais antropomórficos de sua doença. Filgueiras desaloja esta analogia castradora e enfrenta o significado do mundo amazônico que “risca funda fronteira / e aliena / seu feudo do mundo / em líquido / estado de sítio”.

LANÇAMENTO

Obra: ESTADO DE SÍTIO
Autor: ALDISIO FILGUEIRAS
Edição: Editora Valer
N.º Páginas: 130
Valor: R$ 44,00
Dia: 29 de novembro de 2018 (quinta-feira)
Horário: 18h30
Local: Academia Amazonense de Letras
Rua Ramos Ferreira, 1009 - Centro - CEP. 69010-120  ̶  Manaus/AM 
Contatos: Editora –3184-4568 / Autor (Aldisio): 98113 - 5687         

POESIA NA ESTANTE

  • A CONTINGÊNCIA DO SER - Célio César Paduani
  • A INSÔNIA DOS GRILOS - Jorge Tufic
  • A RETÓRICA DO SILÊNCIO - Gilberto Mendonça Teles
  • A ROSA DO POVO - Carlos Drummond de Andrade
  • A SOLEIRA E O SÉCULO - Iacyr Anderson Freitas
  • A VACA E O HIPOGRIFO - Mário Quintana
  • AINDA O SOL - Gabriel Bicalho
  • ARTE DE ARMAR - Gilberto Mendonça Teles
  • ARTEFATOS DE AREIA - Francisco Carvalho
  • AS IMPUREZAS DO BRANCO - Carlos Drummond de Andrade
  • BARCA DOS SENTIDOS - Francisco Carvalho
  • BARULHOS - Ferreira Gullar
  • BAÚ DE ESPANTO - Mário Quintana
  • BICHO PAPEL - Régis Bonvicino
  • CADERNO H - Mário Quintana
  • CANTATA - Yeda Prates Bernis
  • CANTIGA DE ADORMECER TAMANDUÁ E ACORDAR UNS HOMENS - Pascoal Motta
  • CANTO E PALAVRA - Affonso Romano de Sant'Anna
  • CARAVELA - REDESCOBRIMENTOS - Gabriel Bicalho
  • CENTRAL POÉTICA - Lêdo Ivo
  • CONVERSA CLARA - Domingos Pelegrini Jr.
  • CORPO PORTÁTIL - Fernando Fiorese
  • CRIME NA FLORA - Ferreira Gullar
  • CRIME NA FLORA - Ferreira Gullar
  • CRISTAL DO TEMPO & A COR DO INVISíVEL - Maria do Rosário Teles do invisível
  • DIÁRIO DO MUDO - Paulinho Assunção
  • DICIONÁRIO MÍNIMO - Fernando Fábio Fiorese Furtado
  • DUAS ÁGUAS - João Cabral de Melo Neto
  • ELEGIA DO PAÍS DAS GERAIS - Dantas Motta
  • FINIS TERRA - Lêdo Ivo
  • GUARDANAPOS PINTADOS COM VINHO - Jorge Tufic
  • HORA ABERTA - Gilberto Mendonça Teles
  • INVENÇÃO DE ORFEU - Jorge de Lima
  • LAVRÁRIO - Márcio Almeida
  • LÍRIOS POSSÍVEIS - Gabriel Bicalho
  • LIRISMO RURAL (O Sereno do Cerrado) - Gilberto Mendonça Teles
  • MEL PERVERSO - Márcio Almeida
  • MELHORES POEMAS - Paulo Leminski
  • O ESTRANHO CANTO DO PÁSSARO - Célio César Paduani
  • O ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA - Cecília Meirelles
  • O SONO PROVISÓRIO - Antônio Barreto
  • O TERRA A TERRA DA LINGUAGEM - Gilberto Mendonça Teles
  • OS MELHORES POEMAS DE FERREIRA GULLAR - Ferreira Gullar
  • PASTO DE PEDRA - Bueno de Rivera
  • PLURAL DE NUVENS - Gilberto Mendonça Teles
  • POEMA SUJO - Ferreira Gullar
  • POEMAS REUNIDOS - Gilberto Mendonça Teles
  • POEMAS REUNIDOS - João Cabral de Melo Neto
  • POESIA REUNIDA - Jorge Tufic
  • RETRATO DE MÃE - Jorge Tufic
  • VER DE BOI - Pascoal Motta
  • VESÂNIA - Márcio Almeida
  • VIANDANTE - Yeda Prates Bernis