30/04/2009

UM HÓSPEDE CHAMADO HANSEN

UM HÓSPEDE CHAMADO HANSEN: LIVRO NOVO DE JORGE TUFIC

Irmãozinho Jorge:

Recebemos a notícia “auspiciosa”: Você, nos surpreendendo, outra vez, com mais um livro novo .

De Jorge Tufic podemos dizer que já se tornou um clássico, um escritor cada vez mais imprescindível. Sucesso é o daqui lhe desejamos!

O coração de Minas se exulta e espera um lançamento em Belo Horizonte, Ouro Preto, Juiz de Fora e Mariana, quem sabe... Esperamos você para um longo abraço, fraterno e afetuoso, pessoalmente. Venha repetir em Minas essa efeméride. Repassamos, com alegria, e assim divulgamos no nosso blog O SER SENSÍVEL ou www.poetageraldoreis.blogspot.com
A notícia desse lançamento é mais um “gol de letra".
Parabéns. Geraldo Reis e Maria Lúcia Camelo.

REPASSANDO NOTÍCIA DO LANÇAMENTO:

Após 53 anos de sua estreia literária com o livro de poesia Varanda de Pássaros, Jorge Tufic, um dos escritores mais expressivos da literatura amazonense lança sua primeira novela neste sábado, dia 25 de abril, às 10h na Livraria Valer (Rua Ramos Ferreira – 1195, Centro). Na ocasião, o autor falará da produção do livro e do assunto que permeia a obra.

Um hóspede chamado Hansen divide-se em quatro partes, sendo que nas três primeiras apresenta a novela e, em seguida, dez contos inéditos. O personagem Ronaldo é um desses hipocondríacos que volta e meia encontramos por aí. Ele sai de hospital em hospital para desvendar um mistério: a aparição de manchas luminosas no seu braço. Apesar de toda procura, o leitor terá uma surpresa ao final da descoberta de Ronaldo. É com esse enredo que o escritor Jorge Tufic constrói a sua novela que faz parte do livro. Outro destaque de Um hóspede chamado Hansen são os 10 contos que compõem a quarta parte do livro. Pula-Pula, O sonho de Tibério, Condenados na Praça e As cincos rosas trazem textos curtos, que exploram o realismo fantástico do cotidiano. Tanto a novela quanto os contos foram escritos há 23 anos e só agora serão publicados.


O AUTOR
Jorge Tufic, poeta e ensaísta, nasceu no Acre. Descendente de uma família de comerciantes árabes, seu pai desenvolveu suas atividades comerciais nos seringais. Com o declínio da produção de borracha, transferiu-se, no início da década de 40 aos, para Manaus, onde realizou seus primeiros estudos. Exerceu, durante boa parte de sua vida, a atividade de jornalista. Tufic é um dos fundadores do Clube da Madrugada e ocupa a cadeira n.º 18 da Academia Amazonense de Letras. É membro da Casa do Poeta Brasileiro, da Academia Acreana de Letras, da Academia Pré-Andina de Letras e Letras do Nordeste Brasileiro. A partir do início da década de 90, fixou-se em Fortaleza, dedicando-se exclusivamente à literatura. Sua produção literária é uma evidência de sua identificação com o universo regional, seu esforço em criar uma obra identificada com os mitos, anseios e esperanças do homem da Amazônia.
Principais obras: Poesia: Varanda de pássaros, 1956; Pequena antologia madrugada, 1958; Chão sem mácula, 1966; Faturação do ócio, 1974; Cordelim de alfarrábios, 1979; Os mitos da criação e outros poemas, 1980; Sagapanema, 1981; Oficina de textos, 1982; Poesia reunida, 1987; Retrato da mãe, 1995; Boléka, a onça invisível do universo, 1995; Os Quatro elementos, 1996; Quando as noites voavam, 1999; Dueto para sopro e corda, 2000; Sonetos de Jorge Tufic, 2000; Conto: O outro lado do rio das lágrimas, 1976; Os filhos do terremoto, 1978 Ensaio: Existe uma literatura amazonense, 1982; Roteiro da literatura amazonense, 1983; O Protesto de Bocage, 2004. Crônica: Tio José, 1976. Memória: A casa do tempo, 1987. Novela e contos: Um Hóspede chamado Hansen, 2009. Livros inéditos: Guardanapos pintados com vinho (poesia). Amazônia: o massacre e o legado (ensaios); O Sonho de Tibério (crônicas); Jorge Tufic: o Senador da Cultura (recortes de campanha política); O Soneto no Amazonas: sua história, sua evolução (ensaio com antologia);

Evento: Lançamento de livro
Título: Um hóspede chamado Hansen
Páginas: 96
Autor: Jorge Tufic
Editora: Valer
Preço do livro: R$ 25
Data: 25 de abril de 2009 (sábado)
Horário: 10h
Local: Livraria Valer – Rua Ramos Ferreira, 1195 – Centro
Contatos: 3635-1324 (Livraria Valer)

15/02/2009

O TREM DE ITAMARANDIBA

 

O TREM DE ITAMARANDIBA 



 

 

Agora um rio de sono

flor e febre

viaja a nossa carne penhorada.


 

O Trem de Itamarandiba

cheinho de degredados

viaja seus relógios.


 

E longe um cavalo

sem promessa que seja

de alforje ou viagem

arrasta um irmão.


A lua pela metade

de bronze um cavalo

no tempo e zinabre.


 

Ferve o sol diamantino.


 

O Arraial do Ouro Podre

sem Tiradentes por perto

cumpre na febre a memória

de um tempo degolado.


 

O trem de Itamarandiba

cheinho de degredados

viaja nossos relógios.


 

DURANDO ENTRE VINDIMAS - PÁG. 15

 

PRÍNCIPE E ESPANTALHO






PRÍNCIPE E ESPANTALHO




Bom mesmo era morrer em Acapulco

Com a minha vó me embalando

Ao som de oboés pasteurizados.



Bom mesmo era ser príncipe e espantalho

E uma pedra no bolso esquerdo

Pesando como um relógio.


Pág. 36 do livro
DURANDO ENTRE VINDIMAS
Prêmio de Cidade de Belo Horizonte - Poesia - 1988.

09/02/2009

GERALDO REIS: OS DIAS DO AMOR (ANTOLOGIA POÉTICA)

Os dias do Amor
Um poema para cada dia do ano
365 poemas de amor escritos por 365 poetas de todos os tempos e de todos os lugares

Recolha, selecção e organização de: Inês Ramos
Prefácio de: Henrique Manuel Bento Fialho

N.º de páginas: 436
Editora: Ministério dos Livros

Próximas sessões de apresentação:
Porto:
El Corte Inglés de Gaia, 5 de Fevereiro (Sala de Âmbito Cultural/ Restaurante, Piso 6)
Apresentação por: Jorge Velhote
Leitura de poemas por: Álvaro Faria, Aurelino Costa e Teresa Tudela
Viseu:
Fnac Palácio do Gelo, 6 de Fevereiro, 21h
Apresentação por: Amadeu Baptista
Leitura de poemas por Álvaro Faria, Graça Magalhães e Sílvia Costa

Mais informações em: http://porosidade-eterea.blogspot.com/


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22/01/2009

ANTOLOGIA POÉTICA: OS DIAS DO AMOR

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ANTOLOGIA OS DIAS DO AMOR, editada em Portugal incluindo poema de Geraldo Reis!Lançamento já marcado para janeiro sw 2009.
Geraldo Reis tem um poema, inédito em livro, nessa antologia especial em que foram reunidos 365 poetas do mundo inteiro (entre vivos e encantados) Seu poema foi escolhido por indicação de nosso festejado e premiado poeta Iacyr Anderson Freitas. Voltarei ao poema, à indicaçãoe à antologia. Aguardem!

31/08/2008

ESTANTE VIRTUAL

PAI! MÃE! ESTOU NO SEBO! É, PARA MIM, NO MÍNIMO, CURIOSO. Eu, posso dizer, inédito, tenho um encontro marcado comigo no "sebo".


ESTANTE VIRTUAL. Estou lá, Verifique. Vendido? Talvez. De qualquer forma,colocado à mesa, PARA CONSUMO, como se fosse O PÃO MULTIPLICADO.

Título/Autor Ano Estante Vendedor UF Preço + info
Pastoral de Minas
Geraldo Reis 1981 Poesia Livraria e Sebo Paraíba
MG R$ 8,00
Pastoral de Minas
Geraldo Reis 1981 Poesia Acervus Livraria Virtual
MG R$ 13,00
Pastoral de Minas
Geraldo Reis 1981 Poesia Sebo Rumo Novo
MG R$ 5,00

29/07/2008

Geraldo Reis - A Toca da Serpente - A Garganta da Serpente

Geraldo Reis - A Toca da Serpente - A Garganta da Serpente 

O link remete à publicação do poema que agora republico, com alterações apenas quanto à disposição de alguns versos. O poema já está no blog e pode ter alterações, mas a versão abaixo é a primeira. Ele gostava desse poema, e lemos juntos (do jeito que ele gostava) várias vezes em nossos encontros aqui em casa e na casa em que o poeta morou em Belo Horizonte, antes de se mudar para São Pedro dos Ferros. Ele sabia que o poema era uma elegia. Eu também... E rimos muitas vezes porque as metáforas trabalhadas com o verde, as referências bucólicas, a "motivação", toda ela enfim, tem para nós que sabíamos a fonte, um significado muito especial. O fecho então, "teu nome que é fogo / que verde e que atravessa / incólume / a escura montanha do vero esquecimento", veio, segundo me disse como aquela "necessária chave de ouro". 
Republicando, reverencio um de nossos maiores poetas, de cujo passamento tenho notícia, por e-mail, através de nosso amigo comum, Elias Layon.
Em um de nossos últimos contatos, Pascoal me disse que estava trabalhando intensamente,  terminando uma obra que revisava e que teria amais de 400 páginas, dentre outros trabalhos.
Devo dizer que perdi um mestre, um confidente, um amigo, um irmão. Saudade, Mestre! Espere por nós, que estamos a caminho... E descanse em paz. 
 
ACALANTO DE PAPEL, PARA UM AMIGO VERD

 (Para Pascoal Motta, amigo e mestre, autor de VER DE BOI, poemas). 

I

Com as digitais do vento 
gravarei teu nome 
nas asas das aves 

com as digitais do voo 
gravarei teu nome 
nas púrpuras do azul 

com as digitais do gado 
gravarei teu nome 
na amplidão do berro 

com as digitais do futuro 
gravarei teu nome 
no brilho da promessa 

com as digitais da manhã 
gravarei teu nome 
na epiderme do dia 

com as digitais do canto 
gravarei teu nome 
na ossatura da pauta 

com as digitais do encontro 
gravarei teu nome 
na pele da ausência 

com as digitais dos lanhos 
gravarei teu nome 
na permanência do sangue 

com as digitais da escuta 
gravarei teu nome 
no ouvido da noite 

com as digitais de exílio 
gravarei teu nome 
na embarcação dos afogados

com as digitais da idade 
gravarei teu nome 
no coração do tempo 

com as digitais da permanência 
gravarei teu nome 
no aperto de mãos para sempre adiado.

 
II 

onde se acautelam de novas borrascas 
o hálito impuro de Deus e o barro novo ainda imóvel 
escreverei teu nome 

onde a graminácea é como um pôr-de-sol bovino 
na celebração pacífica das heras envolvendo 
 a estrela que há de domar o pântano
mais escreverei teu nome 

onde o décimo algarismo abafará toda metáfora 
e toda viagem e toda efígie e todo verde 
escreverei teu nome 

onde os últimos bardos 
serão precipitados com seus versos 
e com seus barcos 
e com seus remos e salmos como sementes vencidas 
escreverei teu nome 

onde os poemas tão somente imaginados 
estarão dormindo para sempre como no fundo 
de uns olhos verdes já mortiços, 
apagados, talvez, quem sabe, 
mais e mais escreverei teu nome.

III 

teu nome 
que é ouro 
vencendo a indiferença dos búzios 
        e da distância 

teu nome 
que é porto 
domando a ira das águas 
        e dos abismos 

teu nome 
que é susto 
vencendo a indiferença dos galos 
        e dos embrulhos 

teu nome 
que é verde 
dominando toda a extensão 
        dos pântanos e da clorofila 

teu nome 
que é memória 
e que reverdece a metáfora 
na gestação da ausência.

IV 

aqui se acautelam de novas borrascas 
o hálito impuro de deus 
    e o barro novo ainda imóvel 

aqui, o abismo será vero esquecimento 
depois que o teu corpo imolado 
se repetir na pupila dos afagos 

aqui, vencendo a rocha, 
a dura eternidade e as acácias 
escreverei teu nome 

aqui, na esquina dos antigos versos 
    do que foi Minas, 
     e do que foi um dia a tua infância em territórios remotos, 
    barrocos e pastoris 
escreverei teu nome 

aqui, durando como os martelos de teu pai 
    apascentando pesados fardos de sola 
    para sapatos e arreios 
    donde pisar a eternidade e cavalgar o sono 
escreverei teu nome 

aqui, onde o barro novo se debate ao sopro impuro de Deus 
e se contorce de um novo nascimento ao lado 
    de tua mãe soprando o fogo da poesia no cerne da candeia 
escreverei teu nome 

teu nome que é paz
qual bandeira hasteada na memória do vento 
qual memória que é luz afável, permanente 
escreverei  

teu nome que é fogo 
que é verde e que atravessa 
     incólume 
 a escura montanha do vero esquecimento. (Geraldo Reis)

Geraldo Reis - A Toca da Serpente - A Garganta da Serpente

Geraldo Reis - A Toca da Serpente - A Garganta da Serpente

Gosto desse poema. Acreditava tê-lo perdido quando houve uma "pane" mais ou menos recente no meu computador (formatação de HD para instação do windows). Perderam-se os poemas que eu acreditava livres de traça, porque não estavam registrados no papel. A traça viria em forma de simples re-instalação do windows, sem os cuidados necessários. Dos poemas que se foram, ficou a emoção de escrevê-los um dia. Esse "amigo verde", porém, como diz o verso final, por sorte talvez, acabou atravessando, "incólume, a escura montanha do vero esquecimento".
Foi salvo exatamente porque se achava na Toca da Serpente? Ou seria na Garganta da Serpente. Vamos à leitura?

POESIA NA ESTANTE

  • 50 POEMAS (Antologia bilíngue: Português e Alemão) - Anderson Braga Horta / Tradução de Curt Meyr-Clason)
  • A CONTINGÊNCIA DO SER - Célio César Paduani
  • A INSÔNIA DOS GRILOS - Jorge Tufic
  • A RETÓRICA DO SILÊNCIO - Gilberto Mendonça Teles
  • A ROSA DO POVO - Carlos Drummond de Andrade
  • A SOLEIRA E O SÉCULO - Iacyr Anderson Freitas
  • A VACA E O HIPOGRIFO - Mário Quintana
  • AINDA O SOL - Gabriel Bicalho
  • ARTE DE ARMAR - Gilberto Mendonça Teles
  • ARTEFATOS DE AREIA - Francisco Carvalho
  • AS IMPUREZAS DO BRANCO - Carlos Drummond de Andrade
  • BARCA DOS SENTIDOS - Francisco Carvalho
  • BARULHOS - Ferreira Gullar
  • BAÚ DE ESPANTO - Mário Quintana
  • BICHO PAPEL - Régis Bonvicino
  • CADERNO H - Mário Quintana
  • CANTATA - Yeda Prates Bernis
  • CANTIGA DE ADORMECER TAMANDUÁ E ACORDAR UNS HOMENS - Pascoal Motta
  • CANTO E PALAVRA - Affonso Romano de Sant'Anna
  • CARAVELA - REDESCOBRIMENTOS - Gabriel Bicalho
  • CENTRAL POÉTICA - Lêdo Ivo
  • CONVERSA CLARA - Domingos Pelegrini Jr.
  • CORPO PORTÁTIL - Fernando Fiorese
  • CRIME NA FLORA - Ferreira Gullar
  • CRISTAL DO TEMPO & A COR DO INVISíVEL - Maria do Rosário Teles do invisível
  • DIÁRIO DO MUDO - Paulinho Assunção
  • DICIONÁRIO MÍNIMO - Fernando Fábio Fiorese Furtado
  • DUAS ÁGUAS - João Cabral de Melo Neto
  • ELEGIA DO PAÍS DAS GERAIS - Dantas Motta
  • ESTESIA (Triolés) - Napoleão Valadares
  • FANTASIA - Napoleão Valadares
  • FINIS TERRA - Lêdo Ivo
  • GUARDANAPOS PINTADOS COM VINHO - Jorge Tufic
  • HORA ABERTA - Gilberto Mendonça Teles
  • HORTA (Versos em Três Tempos) - Anderso de Araújo Horta - Maria Braga Horta e Anderson Braga Horta
  • INVENÇÃO DE ORFEU - Jorge de Lima
  • LAVRÁRIO - Márcio Almeida
  • LIRISMO RURAL (O Sereno do Cerrado) - Gilberto Mendonça Teles
  • MEL PERVERSO - Márcio Almeida
  • MELHORES POEMAS - Paulo Leminski
  • NARCISO - Marcus Accioly
  • O ESTRANHO CANTO DO PÁSSARO - Célio César Paduani
  • O ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA - Cecília Meirelles
  • O SONO PROVISÓRIO - Antônio Barreto
  • O TERRA A TERRA DA LINGUAGEM - Gilberto Mendonça Teles
  • OS MELHORES POEMAS DE FERREIRA GULLAR - Ferreira Gullar
  • PASTO DE PEDRA - Bueno de Rivera
  • PLURAL DE NUVENS - Gilberto Mendonça Teles
  • POEMA SUJO - Ferreira Gullar
  • POEMAS REUNIDOS - Gilberto Mendonça Teles
  • POEMAS REUNIDOS - João Cabral de Melo Neto
  • POESIA REUNIDA - Jorge Tufic
  • RETRATO DE MÃE - Jorge Tufic
  • SIGNO (Antologia Metapoética) - Anderson Braga Horta
  • VER DE BOI - Pascoal Motta
  • VESÂNIA - Márcio Almeida
  • VIANDANTE - Yeda Prates Bernis