31/05/2009
30/04/2009
UM HÓSPEDE CHAMADO HANSEN
UM HÓSPEDE CHAMADO HANSEN: LIVRO NOVO DE JORGE TUFIC
Irmãozinho Jorge:
Recebemos a notícia “auspiciosa”: Você, nos surpreendendo, outra vez, com mais um livro novo .
De Jorge Tufic podemos dizer que já se tornou um clássico, um escritor cada vez mais imprescindível. Sucesso é o daqui lhe desejamos!
O coração de Minas se exulta e espera um lançamento em Belo Horizonte, Ouro Preto, Juiz de Fora e Mariana, quem sabe... Esperamos você para um longo abraço, fraterno e afetuoso, pessoalmente. Venha repetir em Minas essa efeméride. Repassamos, com alegria, e assim divulgamos no nosso blog O SER SENSÍVEL ou www.poetageraldoreis.blogspot.com
A notícia desse lançamento é mais um “gol de letra".
Parabéns. Geraldo Reis e Maria Lúcia Camelo.
REPASSANDO NOTÍCIA DO LANÇAMENTO:
Após 53 anos de sua estreia literária com o livro de poesia Varanda de Pássaros, Jorge Tufic, um dos escritores mais expressivos da literatura amazonense lança sua primeira novela neste sábado, dia 25 de abril, às 10h na Livraria Valer (Rua Ramos Ferreira – 1195, Centro). Na ocasião, o autor falará da produção do livro e do assunto que permeia a obra.
Um hóspede chamado Hansen divide-se em quatro partes, sendo que nas três primeiras apresenta a novela e, em seguida, dez contos inéditos. O personagem Ronaldo é um desses hipocondríacos que volta e meia encontramos por aí. Ele sai de hospital em hospital para desvendar um mistério: a aparição de manchas luminosas no seu braço. Apesar de toda procura, o leitor terá uma surpresa ao final da descoberta de Ronaldo. É com esse enredo que o escritor Jorge Tufic constrói a sua novela que faz parte do livro. Outro destaque de Um hóspede chamado Hansen são os 10 contos que compõem a quarta parte do livro. Pula-Pula, O sonho de Tibério, Condenados na Praça e As cincos rosas trazem textos curtos, que exploram o realismo fantástico do cotidiano. Tanto a novela quanto os contos foram escritos há 23 anos e só agora serão publicados.
O AUTOR
Jorge Tufic, poeta e ensaísta, nasceu no Acre. Descendente de uma família de comerciantes árabes, seu pai desenvolveu suas atividades comerciais nos seringais. Com o declínio da produção de borracha, transferiu-se, no início da década de 40 aos, para Manaus, onde realizou seus primeiros estudos. Exerceu, durante boa parte de sua vida, a atividade de jornalista. Tufic é um dos fundadores do Clube da Madrugada e ocupa a cadeira n.º 18 da Academia Amazonense de Letras. É membro da Casa do Poeta Brasileiro, da Academia Acreana de Letras, da Academia Pré-Andina de Letras e Letras do Nordeste Brasileiro. A partir do início da década de 90, fixou-se em Fortaleza, dedicando-se exclusivamente à literatura. Sua produção literária é uma evidência de sua identificação com o universo regional, seu esforço em criar uma obra identificada com os mitos, anseios e esperanças do homem da Amazônia.
Principais obras: Poesia: Varanda de pássaros, 1956; Pequena antologia madrugada, 1958; Chão sem mácula, 1966; Faturação do ócio, 1974; Cordelim de alfarrábios, 1979; Os mitos da criação e outros poemas, 1980; Sagapanema, 1981; Oficina de textos, 1982; Poesia reunida, 1987; Retrato da mãe, 1995; Boléka, a onça invisível do universo, 1995; Os Quatro elementos, 1996; Quando as noites voavam, 1999; Dueto para sopro e corda, 2000; Sonetos de Jorge Tufic, 2000; Conto: O outro lado do rio das lágrimas, 1976; Os filhos do terremoto, 1978 Ensaio: Existe uma literatura amazonense, 1982; Roteiro da literatura amazonense, 1983; O Protesto de Bocage, 2004. Crônica: Tio José, 1976. Memória: A casa do tempo, 1987. Novela e contos: Um Hóspede chamado Hansen, 2009. Livros inéditos: Guardanapos pintados com vinho (poesia). Amazônia: o massacre e o legado (ensaios); O Sonho de Tibério (crônicas); Jorge Tufic: o Senador da Cultura (recortes de campanha política); O Soneto no Amazonas: sua história, sua evolução (ensaio com antologia);
Evento: Lançamento de livro
Título: Um hóspede chamado Hansen
Páginas: 96
Autor: Jorge Tufic
Editora: Valer
Preço do livro: R$ 25
Data: 25 de abril de 2009 (sábado)
Horário: 10h
Local: Livraria Valer – Rua Ramos Ferreira, 1195 – Centro
Contatos: 3635-1324 (Livraria Valer)
Irmãozinho Jorge:
Recebemos a notícia “auspiciosa”: Você, nos surpreendendo, outra vez, com mais um livro novo .
De Jorge Tufic podemos dizer que já se tornou um clássico, um escritor cada vez mais imprescindível. Sucesso é o daqui lhe desejamos!
O coração de Minas se exulta e espera um lançamento em Belo Horizonte, Ouro Preto, Juiz de Fora e Mariana, quem sabe... Esperamos você para um longo abraço, fraterno e afetuoso, pessoalmente. Venha repetir em Minas essa efeméride. Repassamos, com alegria, e assim divulgamos no nosso blog O SER SENSÍVEL ou www.poetageraldoreis.blogspot.com
A notícia desse lançamento é mais um “gol de letra".
Parabéns. Geraldo Reis e Maria Lúcia Camelo.
REPASSANDO NOTÍCIA DO LANÇAMENTO:
Após 53 anos de sua estreia literária com o livro de poesia Varanda de Pássaros, Jorge Tufic, um dos escritores mais expressivos da literatura amazonense lança sua primeira novela neste sábado, dia 25 de abril, às 10h na Livraria Valer (Rua Ramos Ferreira – 1195, Centro). Na ocasião, o autor falará da produção do livro e do assunto que permeia a obra.
Um hóspede chamado Hansen divide-se em quatro partes, sendo que nas três primeiras apresenta a novela e, em seguida, dez contos inéditos. O personagem Ronaldo é um desses hipocondríacos que volta e meia encontramos por aí. Ele sai de hospital em hospital para desvendar um mistério: a aparição de manchas luminosas no seu braço. Apesar de toda procura, o leitor terá uma surpresa ao final da descoberta de Ronaldo. É com esse enredo que o escritor Jorge Tufic constrói a sua novela que faz parte do livro. Outro destaque de Um hóspede chamado Hansen são os 10 contos que compõem a quarta parte do livro. Pula-Pula, O sonho de Tibério, Condenados na Praça e As cincos rosas trazem textos curtos, que exploram o realismo fantástico do cotidiano. Tanto a novela quanto os contos foram escritos há 23 anos e só agora serão publicados.
O AUTOR
Jorge Tufic, poeta e ensaísta, nasceu no Acre. Descendente de uma família de comerciantes árabes, seu pai desenvolveu suas atividades comerciais nos seringais. Com o declínio da produção de borracha, transferiu-se, no início da década de 40 aos, para Manaus, onde realizou seus primeiros estudos. Exerceu, durante boa parte de sua vida, a atividade de jornalista. Tufic é um dos fundadores do Clube da Madrugada e ocupa a cadeira n.º 18 da Academia Amazonense de Letras. É membro da Casa do Poeta Brasileiro, da Academia Acreana de Letras, da Academia Pré-Andina de Letras e Letras do Nordeste Brasileiro. A partir do início da década de 90, fixou-se em Fortaleza, dedicando-se exclusivamente à literatura. Sua produção literária é uma evidência de sua identificação com o universo regional, seu esforço em criar uma obra identificada com os mitos, anseios e esperanças do homem da Amazônia.
Principais obras: Poesia: Varanda de pássaros, 1956; Pequena antologia madrugada, 1958; Chão sem mácula, 1966; Faturação do ócio, 1974; Cordelim de alfarrábios, 1979; Os mitos da criação e outros poemas, 1980; Sagapanema, 1981; Oficina de textos, 1982; Poesia reunida, 1987; Retrato da mãe, 1995; Boléka, a onça invisível do universo, 1995; Os Quatro elementos, 1996; Quando as noites voavam, 1999; Dueto para sopro e corda, 2000; Sonetos de Jorge Tufic, 2000; Conto: O outro lado do rio das lágrimas, 1976; Os filhos do terremoto, 1978 Ensaio: Existe uma literatura amazonense, 1982; Roteiro da literatura amazonense, 1983; O Protesto de Bocage, 2004. Crônica: Tio José, 1976. Memória: A casa do tempo, 1987. Novela e contos: Um Hóspede chamado Hansen, 2009. Livros inéditos: Guardanapos pintados com vinho (poesia). Amazônia: o massacre e o legado (ensaios); O Sonho de Tibério (crônicas); Jorge Tufic: o Senador da Cultura (recortes de campanha política); O Soneto no Amazonas: sua história, sua evolução (ensaio com antologia);
Evento: Lançamento de livro
Título: Um hóspede chamado Hansen
Páginas: 96
Autor: Jorge Tufic
Editora: Valer
Preço do livro: R$ 25
Data: 25 de abril de 2009 (sábado)
Horário: 10h
Local: Livraria Valer – Rua Ramos Ferreira, 1195 – Centro
Contatos: 3635-1324 (Livraria Valer)
08/04/2009
14/03/2009
GERALDO REIS: O SER SENSÍVEL: PRÍNCIPE E ESPANTALHO
GERALDO REIS: O SER SENSÍVEL: PRÍNCIPE E ESPANTALHO
... minha vó me embalando ao som de oboés pasteurizados
... minha vó me embalando ao som de oboés pasteurizados
15/02/2009
O TREM DE ITAMARANDIBA
O TREM DE ITAMARANDIBA
Agora um rio de sono
flor e febre
viaja a nossa carne penhorada.
O Trem de Itamarandiba
cheinho de degredados
viaja seus relógios.
E longe um cavalo
sem promessa que seja
de alforje ou viagem
arrasta um irmão.
A lua pela metade
de bronze um cavalo
no tempo e zinabre.
Ferve o sol diamantino.
O Arraial do Ouro Podre
sem Tiradentes por perto
cumpre na febre a memória
de um tempo degolado.
O trem de Itamarandiba
cheinho de degredados
viaja nossos relógios.
DURANDO ENTRE VINDIMAS - PÁG. 15
PRÍNCIPE E ESPANTALHO
PRÍNCIPE E ESPANTALHO
Bom mesmo era morrer em Acapulco
Com a minha vó me embalando
Ao som de oboés pasteurizados.
Bom mesmo era ser príncipe e espantalho
E uma pedra no bolso esquerdo
Pesando como um relógio.
Pág. 36 do livro
DURANDO ENTRE VINDIMAS
Prêmio de Cidade de Belo Horizonte - Poesia - 1988.
09/02/2009
GERALDO REIS: OS DIAS DO AMOR (ANTOLOGIA POÉTICA)
Os dias do Amor
Um poema para cada dia do ano
365 poemas de amor escritos por 365 poetas de todos os tempos e de todos os lugares
Recolha, selecção e organização de: Inês Ramos
Prefácio de: Henrique Manuel Bento Fialho
N.º de páginas: 436
Editora: Ministério dos Livros
Próximas sessões de apresentação:
Porto:
El Corte Inglés de Gaia, 5 de Fevereiro (Sala de Âmbito Cultural/ Restaurante, Piso 6)
Apresentação por: Jorge Velhote
Leitura de poemas por: Álvaro Faria, Aurelino Costa e Teresa Tudela
Viseu:
Fnac Palácio do Gelo, 6 de Fevereiro, 21h
Apresentação por: Amadeu Baptista
Leitura de poemas por Álvaro Faria, Graça Magalhães e Sílvia Costa
Mais informações em: http://porosidade-eterea.blogspot.com/
conviteODA2.jpg
270K Visualizar
Um poema para cada dia do ano
365 poemas de amor escritos por 365 poetas de todos os tempos e de todos os lugares
Recolha, selecção e organização de: Inês Ramos
Prefácio de: Henrique Manuel Bento Fialho
N.º de páginas: 436
Editora: Ministério dos Livros
Próximas sessões de apresentação:
Porto:
El Corte Inglés de Gaia, 5 de Fevereiro (Sala de Âmbito Cultural/ Restaurante, Piso 6)
Apresentação por: Jorge Velhote
Leitura de poemas por: Álvaro Faria, Aurelino Costa e Teresa Tudela
Viseu:
Fnac Palácio do Gelo, 6 de Fevereiro, 21h
Apresentação por: Amadeu Baptista
Leitura de poemas por Álvaro Faria, Graça Magalhães e Sílvia Costa
Mais informações em: http://porosidade-eterea.blogspot.com/
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22/01/2009
ANTOLOGIA POÉTICA: OS DIAS DO AMOR
1.jpg - Gmail
ANTOLOGIA OS DIAS DO AMOR, editada em Portugal incluindo poema de Geraldo Reis!Lançamento já marcado para janeiro sw 2009.
Geraldo Reis tem um poema, inédito em livro, nessa antologia especial em que foram reunidos 365 poetas do mundo inteiro (entre vivos e encantados) Seu poema foi escolhido por indicação de nosso festejado e premiado poeta Iacyr Anderson Freitas. Voltarei ao poema, à indicaçãoe à antologia. Aguardem!
ANTOLOGIA OS DIAS DO AMOR, editada em Portugal incluindo poema de Geraldo Reis!Lançamento já marcado para janeiro sw 2009.
Geraldo Reis tem um poema, inédito em livro, nessa antologia especial em que foram reunidos 365 poetas do mundo inteiro (entre vivos e encantados) Seu poema foi escolhido por indicação de nosso festejado e premiado poeta Iacyr Anderson Freitas. Voltarei ao poema, à indicaçãoe à antologia. Aguardem!
09/11/2008
01/11/2008
31/08/2008
ESTANTE VIRTUAL
PAI! MÃE! ESTOU NO SEBO! É, PARA MIM, NO MÍNIMO, CURIOSO. Eu, posso dizer, inédito, tenho um encontro marcado comigo no "sebo".
ESTANTE VIRTUAL. Estou lá, Verifique. Vendido? Talvez. De qualquer forma,colocado à mesa, PARA CONSUMO, como se fosse O PÃO MULTIPLICADO.
Título/Autor Ano Estante Vendedor UF Preço + info
Pastoral de Minas
Geraldo Reis 1981 Poesia Livraria e Sebo Paraíba
MG R$ 8,00
Pastoral de Minas
Geraldo Reis 1981 Poesia Acervus Livraria Virtual
MG R$ 13,00
Pastoral de Minas
Geraldo Reis 1981 Poesia Sebo Rumo Novo
MG R$ 5,00
ESTANTE VIRTUAL. Estou lá, Verifique. Vendido? Talvez. De qualquer forma,colocado à mesa, PARA CONSUMO, como se fosse O PÃO MULTIPLICADO.
Título/Autor Ano Estante Vendedor UF Preço + info
Pastoral de Minas
Geraldo Reis 1981 Poesia Livraria e Sebo Paraíba
MG R$ 8,00
Pastoral de Minas
Geraldo Reis 1981 Poesia Acervus Livraria Virtual
MG R$ 13,00
Pastoral de Minas
Geraldo Reis 1981 Poesia Sebo Rumo Novo
MG R$ 5,00
29/07/2008
Geraldo Reis - A Toca da Serpente - A Garganta da Serpente
Geraldo Reis - A Toca da Serpente - A Garganta da Serpente
O link remete à publicação do poema que agora republico, com alterações apenas quanto à disposição de alguns versos. O poema já está no blog e pode ter alterações, mas a versão abaixo é a primeira. Ele gostava desse poema, e lemos juntos (do jeito que ele gostava) várias vezes em nossos encontros aqui em casa e na casa em que o poeta morou em Belo Horizonte, antes de se mudar para São Pedro dos Ferros. Ele sabia que o poema era uma elegia. Eu também... E rimos muitas vezes porque as metáforas trabalhadas com o verde, as referências bucólicas, a "motivação", toda ela enfim, tem para nós que sabíamos a fonte, um significado muito especial. O fecho então, "teu nome que é fogo / que verde e que atravessa / incólume / a escura montanha do vero esquecimento", veio, segundo me disse como aquela "necessária chave de ouro".
Republicando, reverencio um de nossos maiores poetas, de cujo passamento tenho notícia, por e-mail, através de nosso amigo comum, Elias Layon.
Em um de nossos últimos contatos, Pascoal me disse que estava trabalhando intensamente, terminando uma obra que revisava e que teria amais de 400 páginas, dentre outros trabalhos.
Devo dizer que perdi um mestre, um confidente, um amigo, um irmão. Saudade, Mestre! Espere por nós, que estamos a caminho... E descanse em paz.
ACALANTO DE PAPEL, PARA UM AMIGO VERDE
(Para Pascoal Motta, amigo e mestre, autor de VER DE BOI, poemas).
I
Com as digitais do vento
gravarei teu nome
nas asas das aves
com as digitais do voo
gravarei teu nome
nas púrpuras do azul
com as digitais do gado
gravarei teu nome
na amplidão do berro
com as digitais do futuro
gravarei teu nome
no brilho da promessa
com as digitais da manhã
gravarei teu nome
na epiderme do dia
com as digitais do canto
gravarei teu nome
na ossatura da pauta
com as digitais do encontro
gravarei teu nome
na pele da ausência
com as digitais dos lanhos
gravarei teu nome
na permanência do sangue
com as digitais da escuta
gravarei teu nome
no ouvido da noite
com as digitais de exílio
gravarei teu nome
na embarcação dos afogados
com as digitais da idade
gravarei teu nome
no coração do tempo
com as digitais da permanência
gravarei teu nome
no aperto de mãos
para sempre adiado.
II
onde se acautelam de novas borrascas
o hálito impuro de Deus e o barro novo ainda imóvel
escreverei teu nome
onde a graminácea é como um pôr-de-sol bovino
na celebração pacífica das heras envolvendo
a estrela que há de domar o pântano
mais escreverei teu nome
onde o décimo algarismo abafará toda metáfora
e toda viagem
e toda efígie e todo verde
escreverei teu nome
onde os últimos bardos
serão precipitados com seus versos
e com seus barcos
e com seus remos e salmos como sementes vencidas
escreverei teu nome
onde os poemas tão somente imaginados
estarão dormindo para sempre
como no fundo
de uns olhos verdes já mortiços,
apagados, talvez, quem sabe,
mais e mais escreverei teu nome.
III
teu nome
que é ouro
vencendo a indiferença dos búzios
e da distância
teu nome
que é porto
domando a ira das águas
e dos abismos
teu nome
que é susto
vencendo a indiferença dos galos
e dos embrulhos
teu nome
que é verde
dominando toda a extensão
dos pântanos e da clorofila
teu nome
que é memória
e que reverdece a metáfora
na gestação da ausência.
IV
aqui se acautelam de novas borrascas
o hálito impuro de deus
e o barro novo ainda imóvel
aqui, o abismo será vero esquecimento
depois que o teu corpo imolado
se repetir na pupila dos afagos
aqui, vencendo a rocha,
a dura eternidade e as acácias
escreverei teu nome
aqui, na esquina dos antigos versos
do que foi Minas,
e do que foi um dia a tua infância
em territórios remotos,
barrocos e pastoris
escreverei teu nome
aqui, durando como os martelos de teu pai
apascentando pesados fardos de sola
para sapatos e arreios
donde pisar a eternidade e cavalgar o sono
escreverei teu nome
aqui, onde o barro novo se debate
ao sopro impuro de Deus
e se contorce de um novo nascimento
ao lado
de tua mãe soprando
o fogo da poesia no cerne da candeia
escreverei
teu nome
teu nome que é paz
qual bandeira hasteada
na memória do vento
qual memória que é luz
afável, permanente
escreverei
teu nome que é fogo
que é verde
e que atravessa
incólume
a escura montanha
do vero esquecimento.
(Geraldo Reis)
Geraldo Reis - A Toca da Serpente - A Garganta da Serpente
Geraldo Reis - A Toca da Serpente - A Garganta da Serpente
Gosto desse poema. Acreditava tê-lo perdido quando houve uma "pane" mais ou menos recente no meu computador (formatação de HD para instação do windows). Perderam-se os poemas que eu acreditava livres de traça, porque não estavam registrados no papel. A traça viria em forma de simples re-instalação do windows, sem os cuidados necessários. Dos poemas que se foram, ficou a emoção de escrevê-los um dia. Esse "amigo verde", porém, como diz o verso final, por sorte talvez, acabou atravessando, "incólume, a escura montanha do vero esquecimento".
Foi salvo exatamente porque se achava na Toca da Serpente? Ou seria na Garganta da Serpente. Vamos à leitura?
Gosto desse poema. Acreditava tê-lo perdido quando houve uma "pane" mais ou menos recente no meu computador (formatação de HD para instação do windows). Perderam-se os poemas que eu acreditava livres de traça, porque não estavam registrados no papel. A traça viria em forma de simples re-instalação do windows, sem os cuidados necessários. Dos poemas que se foram, ficou a emoção de escrevê-los um dia. Esse "amigo verde", porém, como diz o verso final, por sorte talvez, acabou atravessando, "incólume, a escura montanha do vero esquecimento".
Foi salvo exatamente porque se achava na Toca da Serpente? Ou seria na Garganta da Serpente. Vamos à leitura?
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