NAQUELE JANEIRO
Geraldo Reis
Naquele janeiro as centopeias seriam silenciadas pela chuva
E carreadas até o primitivo desenho de teu corpo na pedra.
Naquele janeiro, as águas repetiriam teu nome no tropel dos cavalos
E o relâmpago recortaria nas grotas o caminho de teu seio.
E carreadas até o primitivo desenho de teu corpo na pedra.
Naquele janeiro, as águas repetiriam teu nome no tropel dos cavalos
E o relâmpago recortaria nas grotas o caminho de teu seio.
Naquele janeiro habitarias para sempre o coração das águas
Entre musgo, lianas, serpentes e beijos.
Naquele janeiro, dariam teu corpo como desterrado para sempre
E o barulho de teu sono anunciaria a instalação do caos na paisagem.
Entre musgo, lianas, serpentes e beijos.
Naquele janeiro, dariam teu corpo como desterrado para sempre
E o barulho de teu sono anunciaria a instalação do caos na paisagem.
Naquele janeiro, as vinhas seriam pisoteadas pelo gado
E as uvas encurtariam a embriaguez antiga
Do vinho derramado pela mão que repetiu teu gesto.
E as uvas encurtariam a embriaguez antiga
Do vinho derramado pela mão que repetiu teu gesto.
Naquele janeiro, deusa, tendo-se por dissipado na bruma o estampido
Seríamos surpreendidos pelo teu nome na velha folha de malva
E boiaríamos para sempre, órfãos de tua boca, de tua face, mãos e atropelos.
Seríamos surpreendidos pelo teu nome na velha folha de malva
E boiaríamos para sempre, órfãos de tua boca, de tua face, mãos e atropelos.
6 comentários:
Dentre inúmeros poemas considero NAQUELE JANEIRO um texto especial, que me emociona. Agrada-me vê-lo na internet. Infelizmente ninguém o leu, se o fez, nada disse. Continuo a espera de um comentário, pelo menos um, para colocar novos poemas. É um propósito. Enquanto não tiver um comentário, pelo menos um será esse meu único poema no BLOG. Para o bem e para o mal.
Graldo Reis. 09 janeiro 2008.
Layon mandou-me e-mail dizendo que não conseguiu cessar o blog. Disse que gosta do poema, que já o conhece e quer vê-lo na internet. VOu pesquisar e ver o que está acontecendo com o blog. Geraldo Reis
Layon mandou-me e-mail dizendo que não conseguiu acessar o blog. Disse que gosta do poema, que já o conhece e quer vê-lo na internet. VOu pesquisar e ver o que está acontecendo com o blog. Geraldo Reis
Elias Layon mandou um email dizendo que conhece o poema, mas não conseguiu acessar o blog.
Como vai a família? A poesia é vício no início, meio e fim do caminho, como a pedra dantesca.
O estilo o poeta descobre com o tempo... ou então fica na mesmice. Concordo com você que a expansão do trabalho do Jornal ALDRAVA Cultural está mais consistente e terá um lugar de mais destaque no mundo. A linguagem do terceiro milênio está relacionada com o desenvolvimento dos recursos eletrônicos e dará continuidade às transformações ininterruptas das linguagens artísticas.
Sua poesia NAQUELE JANEIRO é contemplação, vejo como um dos meios mais eficazes de chegar a consciência humana e tocar os sentidos do indivíduo.
Parabéns Geraldo Reis! Sua poesia figura com destaque e jorra com estilo personalíssimo. Aproveitando o contato: seu poema está no site do Jornal Aldrava.
Atenciosamente,
andreia donadon leal - déia leal
www.jornalaldrava.com.br
Uai! Meu Deus!
em que mundo estive que não registrei o meu contentamento com essa joia aqui deixada? É, com certeza, um lapso. Desculpas, não vale pedir... Ou vale? Té mais ver, amiga. Esteja certa de nossa estima e de nosso respeito e admiração pelo seu trabalho. Inté! A gente se ainda vê. Com certeza. E que isso não demore a acontecer.
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